Por Alvaro Rocha
O CEO da Ripple Labs, Brad Garlinghouse, destacou a postura do Banco Central (BC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil em relação à regulamentação do mercado de criptoativos, classificando-a como “muito superior” à dos Estados Unidos, onde o debate ainda está em fase inicial no Congresso. Segundo Garlinghouse, o Brasil é um dos mercados de mais rápido crescimento na adoção de criptoativos e blockchain, com o BC se mostrando bastante construtivo quanto à regulação, o que cria diversas oportunidades.
A Ripple planeja transformar seu escritório em São Paulo em um “hub” de negócios para toda a América Latina. A empresa pretende explorar o mercado de pagamentos e transferências transfronteiriças utilizando seu token XRP, além de investir no país para construir uma infraestrutura voltada à tokenização de ativos reais por meio da sua blockchain, XRP Ledger. Garlinghouse vê potencial global para a blockchain nesse campo, tanto nos EUA quanto no Brasil e na Europa.
O CEO também comentou sobre o crescimento da stablecoin RLUSD, pareada ao dólar, que deve competir com as líderes de mercado USDT, da Tether, e USDC, da Circle. Segundo ele, a Ripple e a Circle possuem alinhamentos em diversos aspectos, embora compitam em outros mercados, como no foco da Circle no varejo, enquanto a Ripple concentra sua atuação em clientes institucionais, incluindo bancos e corretoras.
Em relação aos Estados Unidos, Garlinghouse afirmou que a aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF) do XRP não depende da vontade do presidente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), Gary Gensler. Ele lembrou que Gensler já tentou bloquear ETFs de bitcoin, mas foi forçado a aceitá-los por decisão judicial. O executivo acredita que o mesmo acontecerá com os ETFs de XRP, independentemente do posicionamento de Gensler, que é um notório opositor de criptoativos.
Por fim, Garlinghouse acredita que o avanço da regulamentação de criptoativos nos EUA não está mais atrelado ao resultado das eleições presidenciais de 2024, já que tanto Donald Trump quanto Kamala Harris indicam uma postura mais progressista em relação ao mercado cripto.
Referências à Legislação Brasileira:
A regulação de criptoativos no Brasil conta com marcos importantes, como a Lei nº 14.478/2022, que estabelece regras para a prestação de serviços envolvendo ativos virtuais, sob supervisão do Banco Central do Brasil, maiores detalhes sobre a regulamentação da criptoeconomia no brasil, acesse nesta publicação.
Fonte da nóticia: https://valor.globo.com/criptomoedas/